terça-feira, 28 de fevereiro de 2012


Já não se encantarão os meus olhos nos teus olhos,
já não se adoçará junto a ti a minha dor.

Mas para onde vá levarei o teu olhar
e para onde caminhes levarás a minha dor.

Fui teu, foste minha. O que mais? Juntos fizemos
uma curva na rota por onde o amor passou.

Fui teu, foste minha. Tu serás daquele que te ame,
daquele que corte na tua chácara o que semeei eu.

Vou-me embora. Estou triste: mas sempre estou triste.
Venho dos teus braços. Não sei para onde vou.

...Do teu coração me diz adeus uma criança.
E eu lhe digo adeus.
Pablo Neruda

Há um momento exatamente aquele nos qual todas as forças todas as crenças e até mesmo seus sonhos e sorriso que vc pergunta por que continuar... è o fim?
Não ainda não é o final da estrada, e você percebe que tem que continuar caminhando e a dor cicatriza a própria dor, perdas e sofrimento e deixam ali as marcas do que foi vivido dividido roubado ou frustrado e vc se dá conta que é humano. que erra que dói e que algo importante a saber sobre a vida é que ela sempre continua .... Você olha para si mesmo e pensa: como cheguei até aqui? como fui forte essa força que nem imaginava haver dentro de mim então somente seus olhos denunciarão as marcas invisíveis de sua história que faz de você o que é....