quarta-feira, 29 de junho de 2011

Não é meu!!


Não é meu teu olhar apaixonado .
Não são meus teus pensamentos .
Não são meus teus sonhos de futuro Teus planos!
Não é meu teu ciúme .
Não é meu todo esse carinho que você tem para dar .
E não por mim teu sorriso mais espontâneo de felicidade .
Não sou eu quem provoca teu desejo.
Mas...
São minhas todas as noites sonhando contigo
As lágrimas de ciúmes que teimosas insistem em rolar!
È meu o coração disparado cada vez que te vejo mesmo ao longe e cada vez que ouço tua voz .
É minha a solidão.
E são minhas as dores desse amor reprimido porque sei que

Não é meu!!!!

domingo, 12 de junho de 2011

Paixão é doença ou remédio?Especialistas respondem: ela é boa e ruim para saúde. A diferença está em se o amor é correspondido ou não


Se no próximo Dia dos Namorados você estiver acompanhado e feliz da vida por causa de um novo ou antigo amor, correspondido na mesma intensidade do seu sentimento, provavelmente dirá um “não” veemente após a pergunta: “paixão é doença?”.

Já para os donos de corações decepcionados e machucados o apaixonar-se é um problema de saúde grave, capaz de adoecer corpo e mente, em um ciclo muitas vezes sem remédio. Pois os dois grupos opostos, respondem os especialistas, estão certos.


“Não há uma resposta simples e exata para esta questão. A paixão pode ser interpretada de várias maneiras, pois mexe com todo o corpo, às vezes de forma positiva e em outras negativa”, afirma o cardiologista do Hospital Albert Einstein, Elias Knobel, autor do livro Coração é Emoção (Ed. Athneu).

“É uma maravilha quando a paixão acontece. Ela aumenta a disposição para o trabalho, para o exercício físico, incentiva a produção de hormônios do bem-estar e do bom-humor (como a serotonina), todos estes fatores benéficos à saúde”, completa Knobel.

“Mas em caso de desilusão, frustração ou extremismo, a paixão é dolorosa e pode ser o ponto de partida para depressão, isolamento e até problemas cardiovasculares, principalmente em quem já tem predisposição genética para estas doenças.”

Os dois lados da moeda que fazem da paixão veneno e remédio para saúde aparecem porque os fenômenos físicos e químicos desencadeados por este sentimento podem proteger ou prejudicar o organismo.

O cirurgião João Caetano Marchesini, responsável pelo portal Gastronet, exemplifica. “Quando o sistema nervoso é acionado há liberação de duas substâncias na corrente sanguínea, a adrenalina e o cortisol”, diz.
A adrenalina, importante para melhorar o fluxo sanguíneo nos órgãos vitais como pulmão e coração, também acelera os batimentos cardíacos e eleva a pressão arterial, o que pode desencadear arritmias em quem já não tem uma saúde cardíaca em dia, alerta o cardiologista Knobel.

Já o cortisol, diz o cirurgião Marchesini, é o hormônio essencial para o corpo identificar situações de risco e ficar em alerta, “selecionando” o que é bom e ruim para o organismo.

“Mas ele também é chamado de hormônio do estresse, exatamente pelos mesmos motivos. E o estresse é um dos vilões da saúde, desequilibra o sistema imunológico e agrava doenças, como já evidenciaram muitas pesquisas científicas."
A neurologista Sônia Brucki, coordenadora do Departamento de Neurologia Cognitiva da Academia Brasileira de Neurologia, classifica a paixão “como a melhor coisa que pode acontecer na vida de um indivíduo”, mas reconhece que, fisiologicamente, o cérebro pode receber estas informações de formas variadas.

“A mensagem trazida pode despertar memórias positivas, agradáveis e benéficas. Ao mesmo tempo, as mesmas substâncias podem remeter a passagens ruins e sem prazer”, explica.A experiência prévia, portanto, é fundamental para direcionar como o organismo vai reagir à paixão. O receio não necessariamente ocorre por causa de um amor doído no passado. Pode resultar de problemas familiares, experiências negativas com coleguinhas na escola e até uso de drogas. Os psiquiatras da Unifesp constataram maior dificuldade de relacionamento entre dependentes químicos, ainda que recuperados, pois os entorpecentes agem na mesma parte cerebral estimulada pela paixão.

Não é à toa que o coração partido, as separações e os divórcios estão entre as principais causas de transtornos pós traumáticos atendidos pelo psicólogo especializado em traumas, formado pela Universidade de São Paulo (USP), Júlio Peres. Curar dor de amor, já sabem os médicos, não é tão simples (e rápido) como se apaixonar.

“Isso também varia muito conforme a dependência emocional que a pessoa tem do ser amado”, acrescenta a ginecologista do Ambulatório de Sexualidade do Hospital das Clínicas de São Paulo, Elsa Gay. Se a troca e a parceria são feitas dentro de limites da serenidade e felicidade não há mal nenhum e a paixão só acrescenta novas descobertas, projetos e incentivos. Mas se há prejuízo social, como interferência em hábitos de vida ou no trabalho (os chamados loucos de amor), o apaixonado pode ser classificado como um portador de transtorno psíquico.